Atualidades
A relação entre o dólar, a inflação do preço dos alimentos e o preço da gasolina!
Conteúdo postado em 17/12/2021
Olá, sapientes!
Vocês já pararam para perceber que, em momentos de instabilidade, o dólar e os preços da gasolina e dos alimentos tendem a subir em conjunto? Essa é a realidade dos brasileiros não só nesses últimos meses de 2021, afinal, só no primeiro trimestre de 2021, o preço da gasolina subiu seis vezes consecutivas. Pois bem, o nosso objetivo de hoje, então, é entender a relação entre a inflação e três fatores: dólar, gasolina e alimentos.
Alta no preço do combustível
Assim como no mercado internacional, o preço dos combustíveis vem sofrendo uma forte alta no Brasil. Mas isso não poderia ser diferente, uma vez que, desde 2017, a Petrobras decidiu basear seus preços no Preço de Paridade Internacional (PPI), que calcula quanto custaria para vender o combustível importado. Para isso, o PPI usa cotações internacionais do valor do barril de petróleo em dólar, taxas de câmbio e custos logísticos para fazer reajustes na gasolina nacional. Sendo assim, o aumento na cotação do dólar impacta diretamente um aumento nos preços dos combustíveis.
Paralelamente, o álcool também é impactado pela alta do dólar. Isso acontece tanto pelos consumidores buscarem uma alternativa à gasolina, quanto pelo incentivo que essa alta gera aos produtores de cana para exportarem açúcar em vez de produzir combustível (mas a gente fala disso em seguida, quando formos explicar sobre a alta dos preços dos alimentos).
Alta no preço dos alimentos
Em relação à alta nos preços dos alimentos, precisamos ter em mente primeiro que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos no mundo. E, para facilitar nesse comércio, passou-se a vincular os preços das commodities agrícolas à cotação do dólar. Consequentemente, os preços de produtos importantes para a balança comercial brasileira, como soja, milho, açúcar, carne, café, trigo e laranja, sempre sobem com os movimentos do dólar. Somado a isso, a alta do dólar, como já dissemos, é um incentivo para o produtor a exportar, pressionando ainda mais o preço dos alimentos devido à menor oferta no mercado doméstico.
E como se o cenário já não fosse tão negativo, o Sudeste e o Centro-Oeste vêm sofrendo com uma seca histórica, apontada por especialistas como efeito dos desequilíbrios climáticos do aquecimento global. Não há dúvidas de que a seca impacta negativamente a produção dos gêneros já citados, mas ela também afetou fortemente outros setores. A queda nas produções de milho e a soja também influenciam o aumento dos preços das carnes e laticínios, por serem a base da ração usada na indústria de aves, suínos e bovinos.
E não podemos nos esquecer de que a seca também provocou o aumento da energia elétrica, afetando a indústria nacional em geral. Isso ocorreu por conta da substituição das hidrelétricas, com os reservatórios em níveis alarmantemente baixos, pelas usinas termelétricas, movidas a gás natural, óleo diesel, biomassa e carvão, de custos mais elevados, e também teve o fato de precisarmos importar energia de países vizinhos, como Argentina e Uruguai.
Ainda assim, é importante a gente notar que essa situação de inflação não é limitada ao contexto brasileiro. Só em 2021, os preços dos alimentos dispararam em todos os continentes, também provocado principalmente pela alta do dólar e pelas condições mais difíceis por causa da pandemia.
Aumento da fome no mundo
A Organização das Nações Unidas já sinalizou para um aumento alarmante da fome no mundo. No dia 16 de outubro, Dia Mundial dos Alimentos, a organização fez um apelo por apoio adicional para dar suporte a 41 milhões de pessoas, cidadãos de países que sofrem com a insegurança alimentar.
Em relação ao Brasil, percebemos que, diferentemente de outros ciclos inflacionários, este não foi causado por uma alta da demanda dos brasileiros, mas por choques do lado da oferta, provocados pela seca, o dólar, o petróleo, etc. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou em relatório oficial que a inflação geral deve chegar a quase o dobro da média dos países do G20, alcançando 7,2% em 2021. Então, por enquanto, a gente vai ter que tomar cuidado com os gastos e esperar por condições melhores no futuro.
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Bons estudos!