Dicionário de Economia para o CACD: efeito renda e efeito substituição

Olá, Sapiente!

Vamos revisar alguns conceitos básicos da Microeconomia?

É muito comum o estudante apenas “decorar” classificações na Economia sem, de fato, compreender os preceitos básicos que o justificam. O problema disso fica evidente quando, em uma questão do CACD, o candidato tem problemas ao precisar fazer algum raciocínio econômico. Afinal, como raciocinar economicamente sem ter os fundamentos? 

Foi diante disso que decidimos falar sobre o “efeito renda” e o “efeito substituição”. O primeiro ponto que você deve ter em mente é que, diante da flutuação de preços de um bem, o poder de compra e as preferências do consumidor são alteradas. Basta você pensar nas compras de supermercado que são feitas toda semana em sua casa. Se o preço do mamão sobe, naturalmente, a sua capacidade de compra diminui: você deixa de comprar as 3 unidades de antes e passa a comprar somente 2. Além disso, a depender do novo valor, você acaba substituindo o mamão por outra fruta mais barata. No primeiro caso, de alteração no poder de compra, têm-se o chamado “efeito renda”. Para o segundo caso, fala-se do “efeito substituição”.

O contrário também é verdadeiro. Quando o preço do mamão é reduzido, o consumidor fica mais “rico” e, portanto, irá aumentar o consumo dessa fruta. Esse é o efeito renda, em que se trabalha com as variáveis “renda” e “consumo”. Ainda nessa discussão, diante dos preços mais baixos do mamão, o consumidor procurará substituir o consumo de outras frutas pelo consumo do mamão, que agora está relativamente mais barato. Esse é o efeito substituição, em que se analisam as variáveis “preço” e “consumo”.

O efeito substituição decorrente de uma redução de preços provoca aumento do consumo. Não por acaso, então, o efeito substituição é sempre negativo, já que, por outro lado, o efeito substituição decorrente do aumento do preço provoca redução de consumo. Quanto ao efeito renda, têm-se as classificações dos bens da seguinte forma: I) bens normais (efeito renda é positivo - exemplo: quanto maior a renda do consumidor, maior tende a ser o consumo de certo bem); II) bens inferiores (efeito renda é negativo - exemplo: quanto maior a renda, menor o consumo desse bem). O caso especial dessa categorização são os bens de Giffen, em que o efeito renda suplanta em valor absoluto o efeito substituição. 

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Até a próxima!