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Dicionário de Economia para o CACD

Dicionário de economia para o CACD: Política Acomodatícia

Dicionário de economia para o CACD: Política Acomodatícia

Conteúdo postado em 25/04/2022

Olá, sapientes!

 

O Blog Sapi vai começar a semana explicando um termo que esteve bastante presente na imprensa nos últimos anos, a “política acomodatícia”.  

 

Quando falamos em “política acomodatícia”, estamos fazendo referência a uma política monetária expansionista para momentos de crise. Isso quer dizer que o Banco Central decidiu se “acomodar” a uma inflação maior para evitar o aumento do desemprego. Bastante keynesiano, né? 

 

E como isso funciona?

 

Uma política monetária acomodatícia é aquela em que a autoridade financeira do país, geralmente o Banco Central, decide manter os juros baixos, facilitar linhas de crédito e comprar títulos do tesouro. Tudo isso com o objetivo de aquecer a demanda e a economia em geral, além de injetar mais moeda em circulação. Sendo assim, por um lado, essa estratégia pode ser a solução para a saída de crises de forma menos traumática, custando menos negócios e empregos, porém, por outro, ela também gera risco de descontrole inflacionário e grande endividamento dos Estados.

 

Diversos países decidiram seguir uma política acomodatícia, juntamente com planos de “quantitative easing” desde a crise financeira de 2008 e, quando estavam começando a reverter as medidas, houve o choque da pandemia de covid-19. Alguns governos continuam suportando a alta na inflação; outros, apesar de manterem os juros baixos, não estão conseguindo aquecer a economia. De todo modo, o cenário de incertezas e o temor de novas crises por causa do descontrole fiscal dos governos é o que tem dominado o cenário internacional e dificultado novos investimentos.

 

Agora que vocês já tiveram um panorama sobre a política monetária acomodatícia, que tal verem como cada um dos principais países estão respondendo a ela? 

 

China

No dia 22 de abril de 2022, o Banco Central chinês, chamado de Banco do Povo da China, anunciou que continuará seguindo a política monetária acomodatícia, mas que os investidores não precisam se preocupar, pois o país tem reservas suficientes para manter a economia em um patamar seguro. Como declarado na Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia, a China continua a oferecer linhas de crédito direcionadas ao apoio de setores do país que forem mais vulneráveis aos efeitos da pandemia, além de continuar investindo em inovação tecnológica e serviços inclusivos para idosos. Ainda assim, as tensões geopolíticas somam às novas ondas de covid-19 e não diminuem as incertezas no contexto chinês, causando também uma maior pressão inflacionária no resto do mundo, já que a China é um dos grandes importadores e exportadores mundiais.

 

Estados Unidos

Já faz alguns anos que os Estados Unidos têm mantido uma política de juros próximos a zero, mas sem conseguir grande aumento da inflação. Em 2020, a economia dos EUA encolheu 3,5%, resultando na maior queda anual desde a Segunda Guerra Mundial, por isso, o Fed decidiu manter a política acomodatícia.

 

No entanto, nos primeiros meses deste ano, a taxa inflacionária do país chegou ao seu nível mais alto em 40 anos, gerando preocupação para as autoridades financeiras. A expectativa agora é de que o Fed comece a aumentar as taxas de juros gradualmente, revertendo a política acomodatícia e pressionando uma diminuição da inflação.

 

União Europeia

O Banco Central Europeu já vinha revertendo a política monetária acomodatícia desde o final de 2021, para diminuir os riscos de descontrole da inflação e dos gastos dos governos.

 

Com o início do conflito no Leste Europeu, o bloco decidiu por sanções que proíbem o comércio com a Rússia, o que resultou em uma inflação ainda maior na zona do euro. Os níveis inflacionários já estavam acima do considerado confortável, mas, agora, os preços das commodities e dificuldades logísticas nas cadeias de valor globais estão piorando essa situação.

 

Ainda assim, apesar de começar a ser revertida, a política monetária acomodatícia ainda continua em vigor. O bloco Europeu planeja continuar a organizar investimentos públicos em infraestrutura de energia verde e defesa militar. Espera-se que esses fatos melhorem a situação do desemprego e aliviem os efeitos negativos da desconfiança dos investidores.

 

Japão

O Banco do Japão, o Banco Central japonês, declarou no dia 18 de abril de 2022 que manterá a política monetária acomodatícia. A preocupação com a desvalorização do iene ante o dólar é crescente, mas as autoridades financeiras do país defendem que, com uma inflação abaixo de 2%, o país ainda não tem condições de iniciar um aperto monetário.

 

Brasil

Desde o ano passado, o Banco Central vem aumentando gradualmente a taxa de juros. Ainda assim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a política monetária brasileira continua “muito acomodatícia”. 

 

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação do país deve fechar o ano de 2022 em 7,1%, com uma melhora só em 2023, já que as projeções são de uma taxa de 3,6%. A Selic, dessa forma, deverá começar a diminuir de forma a acompanhar a queda da inflação esperada para o próximo ano.

 

A elevação dos preços de commodities e dos preços de produtos importados, causada também pelo conflito entre Rússia e Ucrânia está sendo, de certa forma, atenuada pela valorização do real. Ainda assim, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou o interesse em aumentar novamente em um ponto percentual a taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano. 

 

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Bons estudos!

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