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Novo ataque do Ocidente contra a Síria: 3ª Guerra Mundial?

Novo ataque do Ocidente contra a Síria: 3ª Guerra Mundial?

Conteúdo postado em 17/04/2018

Olá Sapientes!

 

Parece que a situação no território sírio voltou a complicar mesmo com a expulsão do Estado Islâmico, não é mesmo? Entenda o que acontece em meio às disputas globais.

 

O contexto histórico da guerra na Síria teve origem em 2011, por meio de protestos da população durante a Primavera Árabe contra os altos níveis de desemprego, corrupção e ausência de liberdade política, culminando em uma verdadeira guerra civil. Na Síria, vemos os EUA que lutam pela derrubada do governo do ditador Bashar Al-Assad, enquanto que a Rússia, juntamente com o Iraque, luta pela sua permanência no poder.

 

Além disso, o Estado Islâmico ou Daesh, denominação menos popular, perdeu território e força na Síria, boa parte devido a diversas ações de Al-Assad e seus aliados, envolvendo grandes massacres, com o objetivo de retirar as forças rebeldes religiosas que dominavam a região de Ghouta Oriental desde 2012. Foi objetivo dos EUA, já durante o governo de Donald Trump, ajudar a derrubar este grupo religioso extremista. Porém, a posição dos EUA definitivamente não é mais esta durante a guerra que perdura anos.

 

Atualmente, há um conflito latente entre os EUA, com os países aliados, e a Rússia no Oriente Médio. A resolução das controvérsias por meio da ONU entre essas duas potências mundiais não é uma tarefa fácil, já que ambos possuem poder de veto no Conselho de Segurança.

 

Se antes os EUA eram favoráveis à causa Síria pelo fim do Estado Islâmico, hoje, eles acusam o país pelo uso de armas químicas contra a própria população, sendo a causa das novas ofensivas aéreas das potências ocidentais coordenadas pelos EUA, Reino Unido e França na última semana, uma verdadeira sexta-feira, 13, com o lançamento de 105 mísseis em três pontos específicos: Centro de pesquisa e desenvolvimento em Barzeh, um bunker em Him Shinshar e um armazém também localizado em Him Shinshar.

 

Além disso, os agentes da Opaq (Organização para a proibição das armas químicas), autorizados pela ONU, foram até a cidade atingida para fazer a inspeção, mas não conseguiram chegar até o local devido a não garantia de segurança por parte do governo de Bashar Al-Assad e da Rússia, o que impediu uma investigação internacional mais contundente.

 

De acordo com as potências ocidentais, há uma desconfiança de que no início do mês de abril deste ano, o governo do ditador sírio atacou com armas químicas uma cidade periférica à capital controlada por rebeldes denominada Douma. Uma das substâncias foi identificada como gás de cloro, uma substância tóxica altamente nociva em lugares fechados, tendo como principais sintomas formação de espuma na boca, irritação da córnea e pupilas dilatadas. Além desta substância, outras podem ter sido utilizadas simultaneamente, como o gás sarin. O Secretário das Nações Unidas, António Gutierrez, disse que “o uso de armas químicas é abominável e uma clara violação ao Direito Internacional”.

 

Há uma guerra de versões: enquanto que Bashar Al-Assad afirma tudo isso ser uma acusação fabricada pelos aliados e a Rússia dizer que este ataque faz parte de mais uma encenação ocidental frente à campanha russófoba por meio da participação dos serviços especiais americanos, França e Inglaterra atacam veementemente o regime, declarando a autoria do governo sírio e afirmando que todos os esforços serão feitos para remover a capacidade química altamente destrutiva do país. O que se sabe é que uma solução pacífica entre o ocidente e Síria e Rússia infelizmente parece longe de acontecer.

 

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