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Escolher o melhor curso de faculdade para se tornar diplomata é uma das perguntas mais frequentes entre os aspirantes ao Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD).
Preliminarmente, é importante reforçar que nenhum curso superior funciona como curso preparatório para aprovação em concursos públicos. Uma formação é mais abrangente, e é bom que seja, pois aponta para as múltiplas áreas de atuação que um estudante pode se identificar na área de formação escolhida.
Reforço inicial feito, será que é possível dizer qual curso de faculdade é o melhor para quem quer ser diplomata?
O curso de Direito é, historicamente, uma das formações mais comuns entre os diplomatas aprovados. Essa preferência tem algumas justificativas. Em primeiro lugar, grande parte dos estudantes de Direito já iniciam a graduação com a mentalidade de buscar o concurso público para o desenvolvimento de suas carreiras.
Em segundo lugar, pode-se argumentar que há interseção entre as disciplinas cobradas no CACD e aquelas lecionadas no curso de Direito, como Direito Internacional, Direito interno (constitucional, cível, etc.). Contudo, saiba que essa interseção é periférica e que, se você imagina que o curso vai facilitar a dedicação para o concurso, há de se levar em consideração o seguinte.
É importante lembrar que o curso de Direito pode exigir do estudante uma dedicação muito grande a disciplinas que não são cobradas no CACD, como Direito Penal, Processual, por exemplo. Dessa forma, conciliar o estudo da faculdade com a preparação para o concurso exige uma boa organização e a capacidade de focar nos conteúdos relevantes para o exame.
Outro curso muito popular entre os aspirantes a diplomata é Relações Internacionais. Esse curso oferece uma formação direta e alinhada aos conteúdos cobrados no CACD, pois aborda temáticas de política internacional, história diplomática, e as principais teorias de Relações Internacionais, que são recorrentes nas provas.
Pode imaginar que, no curso de Relações Internacionais, o estudante tenha contato com conceitos e debates globais desde o início da formação, o que facilitaria a compreensão dos mecanismos da diplomacia, dos organismos internacionais, e das dinâmicas de poder entre Estados. Além disso, o curso promoveria o desenvolvimento de uma visão crítica e analítica sobre os eventos globais, algo crucial para um futuro diplomata.
No entanto, é preciso estar atento ao currículo da instituição de ensino, pois os cursos de Relações Internacionais variam bastante de uma universidade para outra. Algumas instituições oferecem formações mais generalistas, enquanto outras se concentram em aspectos mais práticos e técnicos.
A verdade é que podemos fazer esse exercício para diferentes formações. Cada graduação traz consigo o desenvolvimento de importantes macrocompetências que podem ser aplicadas à carreira diplomática.
Hoje, como afirmamos desde o início do texto, encontramos diplomatas formados em Economia, Engenharia, Ciências Sociais, Letras, Filosofia, Educação Física, Medicina, entre outros. Isso demonstra que não há um curso superior ideal e que a pluralidade de formações pode até mesmo ser um diferencial positivo na carreira diplomática.
A interdisciplinaridade é uma das marcas da carreira diplomática, e quem consegue integrar conhecimentos de diferentes áreas sai na frente. Logo, a boa notícia é que não existe um curso obrigatório — o importante é a preparação intensa e personalizada para atender às demandas da prova.
(Para saber mais, temos uma playlist no SAPI TV com a resposta a todas as perguntas feitas com mais frequência sobre o CACD. Você confere Aqui).
Independentemente do curso escolhido, a preparação para o CACD exige disciplina e planejamento. É importante que o candidato escolha um curso superior que desperte seu interesse e que lhe proporcione prazer em estudar. Afinal, o processo de preparação para o CACD é longo, e ter motivação para enfrentar os desafios é fundamental.
Outro ponto relevante é o desenvolvimento de habilidades além do conhecimento acadêmico. A diplomacia exige capacidade de negociação, liderança, adaptabilidade e inteligência emocional. Assim, participar de atividades extracurriculares, como grupos de debate, simulações de organismos internacionais (como o Modelo das Nações Unidas - MUN), trabalhos voluntários e estágios, pode ser extremamente útil para o desenvolvimento dessas competências.
Não há um único curso que possa ser considerado o melhor para quem deseja ser diplomata. As formações mais comuns entre os aprovados, como Direito, Relações Internacionais e Jornalismo, certamente oferecem uma boa base para os conteúdos cobrados no CACD. No entanto, a diversidade de formações dos aprovados nos últimos anos mostra que qualquer curso pode ser adequado, desde que o candidato tenha disciplina, planejamento e esteja disposto a complementar seus estudos com o que é necessário para a prova.
O que realmente importa é o compromisso do candidato com seus objetivos e sua capacidade de se adaptar e buscar conhecimento em diferentes áreas. A carreira diplomática é multifacetada e requer um profissional que seja capaz de navegar por questões jurídicas, econômicas, políticas e culturais com igual competência. Portanto, a escolha do curso deve levar em consideração não somente o que pode facilitar a preparação para o concurso, mas também a afinidade do candidato com a área e sua motivação para estudar.
Se você está decidido a trilhar o caminho para se tornar diplomata, comece por escolher um curso que te inspire e busque sempre ampliar seus horizontes com leituras, cursos e experiências diversas. Ah, e o estudo dirigido de Línguas Estrangeiras!
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