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Quem foi o Visconde de Itaboraí?

Quem foi o Visconde de Itaboraí?

Conteúdo postado em 15/06/2022

Olá, sapientes!

 

Joaquim José Rodrigues Torres (1802-1872), o Visconde de Itaboraí, foi um político de destaque no Segundo Reinado. Você já deve ter ouvido falar que ele é um dos sustentáculos da Trindade Saquarema. Que tal, então, conhecer um pouco mais sobre essa figura?

 

Rodrigues Torres acabou ficando mais conhecido por sua contribuição como ministro da Fazenda no início do Tempo Saquarema, período de hegemonia saquarema e conciliação partidária (1848-1862). Ao lado de Paulino José Soares de Souza, que ainda não era visconde do Uruguai naquele momento, e Eusébio de Queirós, Rodrigues Torres fez parte da Trindade Saquarema, e, como consequência de seu destaque político no ministério, recebeu de D. Pedro II, em 1954, o título de Visconde de Itaboraí.

 

Entendendo a Trindade Saquarema

 

Esse grupo político era formado principalmente pelos conservadores fluminenses. Muitos de seus integrantes, como o próprio Rodrigues Torres, haviam sido liberais moderados no Período Regencial, mas acabaram se tornando conservadores no Segundo Reinado, após terem de enfrentar as consequências das reformas liberais e da descentralização política. O futuro visconde de Itaboraí abandonou as ideias progressistas dos liberais e ingressou no Partido Conservador já em 1837, mesmo tendo sido um dos filiados ao partido liberal, quando fundado em 1831.

 

A Trindade Saquarema (1849-1853), por sua vez, foi um gabinete ministerial no qual o visconde de Itaboraí ficou responsável pela Secretaria da Fazenda, iniciando uma série de reformas apoiadas pelo partido Conservador, enquanto o visconde do Uruguai pela pasta dos Negócios Estrangeiros e Eusébio de Queirós pelo Ministro da Justiça. Nesse período, D. Pedro II, utilizando-se do Poder Moderador, definiu um parlamento mais favorável aos conservadores, fato que resultou em menos instabilidades políticas e maior governabilidade para os conservadores. 

 

À frente do Ministério da Fazenda, Rodrigues Torres reforçou o respeito ao sistema monetário do padrão ouro e à monopolização dos serviços bancários pelo Banco do Brasil. Com esse objetivo em mente, integrou, em 1853, o segundo Banco do Brasil, aquele que havia sido refundado por Mauá em 1851, ao Banco Comercial, dando origem à terceira fase do Banco do Brasil. Posteriormente, entre 1856 a 1857 e em 1859, foi presidente do Banco do Brasil.

 

Em relação ao protecionismo e aos projetos liberais de defesa do desenvolvimento industrial do Brasil, ele afirmou, em 1850: “Não se entenda porém ser minha opinião que devamos ou possamos promover desde já todos os ramos de manufaturas à custa e com sacrifícios da indústria agrícola. (...) Nenhum ramo de indústria manufatureira ou fabril deve no meu conceito ser protegida, ao menos por ora, cujas matérias-primas não são ou possam vir a ser facilmente produzidas no Brasil”. Dessa forma, como conservador, ele defendia o enfoque preferencial do Brasil na exportação do café, não sendo ainda possível sustentar outros tipos de produção no país.

 

Entre maio de 1852 e setembro de 1853, Rodrigues Torres chefiou o breve Gabinete Itaboraí, considerado uma continuidade da Trindade Saquarema.

 

Em 1868, retomou o poder e inaugurou um novo Gabinete Itaboraí, marcado por um novo momento de força do Partido Conservador e dissolvido em 1870. Foi antecedido pelo Gabinete Zacarias (1866) e sucedido pelo Gabinete Pimenta Bueno. Nesse mesmo momento, foi o primeiro Presidente do Conselho de Ministros.

 

Para facilitar, confira uma breve linha do tempo:

 

1831-1837: avanço liberal;

1837-1840: regresso conservador;

1840: liberais retomam o poder com o golpe da maioridade;

1840-1844: conservadores no poder;

1844-1848: quinquênio liberal;

1848-1853: trindade saquarema;

1853-1858: gabinete da conciliação de Carneiro Leão;

1858-1862: gabinete do equilíbrio;

1862-1868: liga progressista;

1868-1878: hegemonia conservadora, começando com novo ministério de Rodrigues Torres.

 

Para quem quiser continuar estudando esse tema, basta clicar aqui e conferir um artigo do Blog Sapi sobre o Visconde do Uruguai.

 

 

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