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Sugestão de leitura para o CACD: Adélia Prado

Sugestão de leitura para o CACD: Adélia Prado

Conteúdo postado em 17/12/2021

Olá, sapientes!

 

Hoje o Blog Sapi vai homenagear Adélia Luzia Prado de Freitas, uma poeta que apareceu na cena literária no ano de 1976 e que hoje é considerada um clássico da poesia brasileira. 

 

Conhecida como “a poeta do cotidiano”, Adélia leva para seus textos todo o peso com que o conservadorismo subjuga as mulheres. Recorrentemente, ela expressa o impasse entre seus desejos e as normas, em uma obra paradoxal. A obra da autora é composta por um vocabulário simples e uma linguagem coloquial, representando com leveza, mas de forma marcante, cenas do dia a dia sob o olhar “feminino”.

 

Cuidado para não identificar a produção de Adélia como feminista e libertária. Há um grande destaque à perspectiva da mulher em seus poemas, mas não há um questionamento sobre o que a sociedade e a fé consideram moralmente correto. O objetivo da poeta é apenas retratar seus sentimentos e sua condição humana.

 

Algumas de suas obras mais famosas são: “O Homem da Mão Seca”, “O Coração Disparado”, “Terra de Santa Cruz”, “O Pelicano”, “A Faca no Peito”, “Filandras” e “Bagagem”, com o qual debutou na carreira literária e foi elogiada por Carlos Drummond de Andrade.

 

Agora, algo que poucos sabem é que, após 24 anos lecionando filosofia, a poeta também fez carreira como diretora de teatro. Em 1980, ela dirigiu a produção teatral do “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. Em 1981, dirigiu a peça “A Invasão”, de Dias Gomes, e voltou à poesia com “A Terra de Santa Cruz”. No ano seguinte, um estudo sobre as obras de Adélia Prado foi apresentado no Departamento de Literatura Comparada da Universidade de Princeton e em 1988 a autora apresentou-se em Nova York, durante a Semana Brasileira de Poesia, promovida pelo Comitê Internacional pela Poesia. 

 

Com a simplicidade modernista da quebra de cânones e a temática da fé, da família e do cotidiano feminino, a autora ganhou diversos prêmios, como o Prêmio Jabuti e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, além de ter vários de seus livros traduzidos para o inglês. Adélia Prado é realmente um dos nomes vivos mais respeitados da literatura nacional.

 

E, para terminar, nada melhor do que uma poesia de Adélia, não é mesmo? Confiram aí!

 

A Serenata

Uma noite de lua pálida e gerânios

ele virá com a boca e mão incríveis

tocar flauta no jardim.

Estou no começo do meu desespero

e só vejo dois caminhos:

ou viro doida ou santa.

Eu que rejeito e exprobo

o que não for natural como sangue e veias

descubro que estou chorando todo dia,

os cabelos entristecidos,

a pele assaltada de indecisão.

Quando ele vier, porque é certo que vem,

de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?

A lua, os gerânios e ele serão os mesmos

- só a mulher entre as coisas envelhece.

De que modo vou abrir a janela, se não for doida?

Como a fecharei se não for santa?

 

 

 

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