Se você está cursando o ensino superior e já pensa na diplomacia como carreira, uma pergunta inevitável surge: será que vale a pena começar a estudar para o CACD ainda na faculdade?
A resposta direta é sim… desde que essa decisão venha acompanhada de estratégia, realismo e consciência das exigências envolvidas.
Neste artigo, você vai entender por que o momento universitário pode ser uma janela de oportunidade valiosa, como organizar sua rotina sem negligenciar a faculdade e, principalmente, porque investir desde já em cursos de línguas direcionados ao Itamaraty pode ser o diferencial que colocará você um passo à frente da concorrência.
Vamos nessa?
Entenda o cenário: a realidade da vida universitária
A faculdade é um momento de intensas descobertas, e de inúmeras demandas. Provas, trabalhos, estágios, iniciação científica, TCC. A carga é real — e subestimá-la é um dos erros mais comuns de quem decide, sem preparo, antecipar os estudos para concursos.
Por isso, o primeiro passo é reconhecer: você terá limites. Não é produtivo — e nem saudável — tentar replicar uma rotina de estudos de 8 horas por dia enquanto concilia as obrigações da graduação. A chave é criar um plano viável, que respeite sua realidade atual e que abra espaço, gradualmente, para aprofundamentos.
O estudo de línguas como ponto de partida inteligente
E aqui entra um dos caminhos mais estratégicos para quem está na faculdade: investir no estudo de línguas. Não qualquer estudo, mas um estudo instrumental, ou seja, com foco específico nas exigências do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD).
Inúmeros professores e candidatos aprovados são unânimes: ter uma base sólida em inglês, espanhol e francês — especialmente nos moldes cobrados pelo Itamaraty — é um diferencial competitivo que poupa tempo, energia e ansiedade no futuro.
Atenção: o curso de idiomas tradicional, voltado para viagens ou conversação cotidiana, não oferece o tipo de formação linguística exigida no CACD. O candidato precisa dominar leitura crítica, vocabulário técnico, escrita em alto nível e estruturas específicas que aparecem nas provas de tradução e redação.
Por que o curso tradicional não serve
Um curso de línguas instrumental é planejado com base na banca do concurso. Isso significa que os textos trabalhados são semelhantes aos utilizados nas provas, as correções seguem os critérios da banca, e há foco total em vocabulário acadêmico, conectores, análise gramatical e estilo formal de escrita.
Inglês, espanhol ou francês? Por onde começar?
A estrutura atual do concurso exige a avaliação em três línguas: português e inglês (obrigatórios), espanhol e francês (sendo uma delas escolhida pelo candidato como terceira língua, seguindo os critérios do CACD 2024 e da recém publicada portaria do CACD 2025).
Portanto, se você está na faculdade e ainda tem alguns anos até poder prestar o CACD como candidato competitivo (você já pode ir fazendo a prova como treineiro), o melhor caminho é começar com línguas estrangeiras.
O tempo é seu aliado — e começar cedo significa poder construir uma base sólida sem pressa, com segurança e sem atropelar outras etapas da graduação.
O que mais pode ser feito durante a faculdade
Embora o foco inicial deva ser o estudo de línguas, há outras iniciativas que fazem diferença e podem ser incorporadas de maneira leve:
- Acompanhar notícias internacionais com regularidade;
- Fazer leituras introdutórias nas disciplinas cobradas no CACD (História do Brasil, Política Internacional, Economia);
- Escrever textos autorais com frequência — seja em português ou em outras línguas;
- Participar de atividades de debate, simulações da ONU e eventos sobre relações internacionais.
Essas atividades não apenas preparam seu repertório, como alimentam sua motivação e familiaridade com o universo diplomático.
O risco de antecipar demais
É importante também reforçar: antecipar os estudos para o CACD não significa fazer um edital inteiro com 19 anos. É comum que o excesso de empolgação leve alguns candidatos a tentar estudar todas as disciplinas, com todas as bibliografias, desde o primeiro semestre da faculdade. Isso é, quase sempre, improdutivo.
A formação de um diplomata é, antes de tudo, um projeto de longo prazo. E como todo projeto ambicioso, precisa de fases bem planejadas, foco em prioridades e respeito ao próprio ritmo. Seu objetivo deve ser estar pronto na hora certa, e não antes dela.
Para quem deseja um planejamento profissional
Começar cedo é uma vantagem — mas só se vier acompanhada de estratégia. Ao longo deste artigo, vimos que sim, é possível iniciar a preparação para o CACD ainda na faculdade. E mais do que possível, pode ser uma excelente escolha para quem deseja construir uma trajetória sólida, com tempo para amadurecer conteúdos, desenvolver habilidades e fazer escolhas conscientes.
Mas vale repetir: começar antes não significa sair atropelando tudo. Pelo contrário, exige cuidado, foco e, sobretudo, um bom plano.
E é exatamente por isso que existe o PPP — Programa Primeiros Passos. Desenhado para quem está começando, o PPP ajuda você a estruturar sua preparação com inteligência: define metas, organiza prioridades, orienta o uso do tempo e mostra, de forma prática, o caminho entre o ponto de partida e a aprovação. Um programa completo, criado por especialistas, para quem quer fazer do sonho da diplomacia um projeto real e viável.
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