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Fatos Históricos

A origem das divisões no Oriente Médio

A origem das divisões no Oriente Médio

Conteúdo postado em 01/10/2021

Olá, sapientes!

 

Para entender as origens dos conflitos e das alianças no Oriente Médio, a gente tem que começar conhecendo um pouco sobre a ascensão e a queda do Império Otomano. 

 

O Império Otomano, último grande império muçulmano, surgiu efetivamente no século XVI, começou a dar sinais de fragilidade no final do século XIX e foi desfeito depois da Primeira Guerra Mundial. E assim, com o fim do sultanato em 1922, abolido pelos nacionalistas turcos, pouco tempo depois chegava ao fim também o califado, em 1924, que foi uma espécie de ‘papado islamico’, uma autoridade para os grupos islâmicos que remonta ao tempo do próprio Maomé. Nos anos seguintes, surgiram diversos debates sobre o que poderia substituir o califado. E é daí que ocorrem diversos conflitos entre grupos islâmicos e políticos na região.

 

Em 1928, quatro anos após o fim do califado, a Irmandade Muçulmana foi criada com o propósito de substituir essa autoridade do islã. Outra resposta ao vazio deixado pelo califado foi o surgimento da Organização da Cooperação Islâmica, em 1969, mas nenhum dos dois chegou a ter a grande representatividade que simbolizava o califado.

 

Nesse contexto, a Guerra dos Seis Dias (1967) é considerada um marco para o início da radicalização de grupos islâmicos. Entre o fim do Império Otomano e essa derrota dos países árabes contra Israel, os grupos políticos árabes eram, em sua maioria, seculares (o governo de Nasser é o principal  exemplo). A humilhação na guerra leva os atores políticos a se voltarem para a valorização religiosa. Ainda assim, grupos políticos que são contrários à interferência da religião também mantêm suas convicções, como é o caso da OLP, um grupo político secular e não religioso, que surgiu em 1964.

 

A Arábia Saudita como líder muçulmano

 

Sendo assim, a Arábia Saudita, historicamente berço do islã e onde está localizado Meca, começou a despontar como líder muçulmano. Fato que foi questionado pelo Irã após a revolução iraniana de 1979, que converteu o Estado de uma monarquia secular em uma república islâmica. Atualmente, a Arábia Saudita exerce grande influência política sobre grupos e países de maioria sunita, enquanto o Irã faz o mesmo em relação aos xiitas, refletindo as disposições dos aliados na geopolítica regional. 

 

Do lado pró-xiita, o Irã tem o apoio do Iraque, da Síria de Bashar al-Assad e de milícias xiitas, como o grupo libanês Hezbollah, criado em 1983 com o apoio do Irã. Já os aliados pró-sauditas são os países do Golfo Pérsico (os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein), juntamente com o Egito, a Jordânia e os rebeldes sunitas da Síria. Sem esquecer da Al-Qaeda, que também é um grupo sunita.  É importante lembrar que a Al-Qaeda foi formada principalmente por egípcios desiludidos com o governo de orientação secular, já que grande parte de seus integrantes faziam parte da irmandade muçulmana, sediada no Egito, e foram voluntários no Afeganistão para expulsar os 'infiéis' da URSS, durante a ocupação de 1979.

 

Mas e o Estado Islâmico? Onde ele entra nessa história?

 

Também conhecido como Daesh, o Estado Islâmico surgiu da radicalização da Al-Qaeda, que, por sua vez, foi uma consequência da invasão dos EUA ao Iraque em 2003. Em 2006, após a desmobilização da Al-Qaeda, o ISIS começa a se formar, mas agora com um maior projeto de ocupação territorial, mais recursos com o roubo de petróleo e antiguidades, além da cobrança de resgates e a coleta de impostos em territórios ocupados.

 

Atualmente, vários grupos radicais islâmicos têm sido organizados em pequenas células de difícil rastreamento, utilizando-se das redes sociais para angariar novos membros de todos os continentes. Há também diversos grupos de milícias islâmicas, como o Boko Haram, que declararam lealdade ao ISIS.

 

A situação geopolítica no Oriente Médio é bastante complexa, não é mesmo? Para os estudos do CACD, o melhor é ficar atento aos aliados xiitas e sunitas para continuar acompanhando o que acontece na região. 

 

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