
Quero ser Diplomata, e agora?
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Uma abordagem prática e honesta sobre foco, equilíbrio e confiança na sua trajetória.
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Olá, Sapiente!
A apenas dois dias da 1ª fase do CACD 2023, que acontece neste domingo, 27/08, vamos encerrar nosso quadro de reivisão para o concurso deste ano falando sobre a Política Externa do Governo Vargas (1930-45) para a América do Sul.
O ponto fundamental da análise é pensar que esse período inaugurou o chamado paradigma do Estado desenvolvimentista no Brasil, de tal forma que a industrialização passou a ser chave para o desenvolvimento nacional. O contexto em que Vargas assumiu foi de crise econômica e financeira, haja vista a Crise de 29, bem como era um momento no qual o Estado Liberal começou a entrar em crise, com a ascensão do regime bolchevique na Rússia e de regimes totalitários na Europa e no Japão.
Brasil como mediador entre nações
Em relação aos vizinhos, o Brasil se estabeleceu como mediador em situações como a Guerra do Chaco entre Paraguai e Bolívia, assim como na Questão Letícia, entre Colômbia e Peru. Quanto à Guerra do Chaco, o Brasils se declarou, inicialmente, neutro; contudo, após falha da Liga das Nações em reverter a situação, os chanceleres brasileiros e argentinos passaram a atuar como mediadores e conseguiram levar as partes a assinarem o Protocolo de Paz (1935), finalizando as hostilidades.
Cumpre notar que tanto o Brasil quanto a Argentina tinham interesses na disputa. O Brasil temia que a Bolívia perdesse a guerra e contestasse o Tratado de Petrópolis; e a Argentina, por sua vez, temia que o Paraguai perdesse a guerra e, por consequência, a Argentina também perdesse seus territórios no Chaco. Ao fim das negociações, coube ao Paraguai a maior parte do território em disputa e pelo qual ficou garantida à Bolívia a livre navegação no Rio Paraguai.
No que diz respeito à Questão de Letícia, o chanceler brasileiro Afrânio de Melo Franco alcançou grande prestígio ao conduzir as negociações entre Colômbia e Peru. Além disso, conseguiu a assinatura do Protocolo de Amizade em 1934, bem como a manutenção da fronteira do Tratado de Solamón-Lozano, de 1928.
Brasil-Argentina
Nas relações Brasil-Argentina, vale notar que, nos primeiros anos de 1930, houve duros revezes. Com o golpe de José Felix Uriburu contra Hipólito Yrigoyen, na Argentina, travou-se uma guerra comercial entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires: diante dos cortes nas exportações brasileiras de erva-mate, o Brasil respondeu trocando o trigo argentino pelo estadunidense.
No entanto, em 1932, Augustín Pedro Justo passou a comandar a Casa Rosada e, com ele, Carlos Saavedra Lamas foi embasado no Ministério das Relações Exteriores. Lamas convenceu Justo da importância de neutralizar os riscos de conflito na América do Sul. Sob essas circunstâncias, foi elaborado um tratado anti-bélico, assinado pelo Brasil em 1933, o chamado “Pacto Saavedra Lamas”, ao qual aderiram, posteriormente, Chile, Uruguai e México.
Aliás, para complementar, quando o Brasil participou da Conferência Pan-Americana, em 1933, aderiu ao Pacto Briand-Kelogg (1928), o qual visava à proscrição da guerra de conquista.
O Sapientia deseja uma ótima prova a todos os candidatos que vão prestar a 1ª fase do Concurso da Diplomacia neste domingo, 27/08!
Uma abordagem prática e honesta sobre foco, equilíbrio e confiança na sua trajetória.
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