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Dicionário de Sociologia para o CACD

Dicionário de sociologia para o CACD: Diplomacia dos Patacões

Dicionário de sociologia para o CACD: Diplomacia dos Patacões

Conteúdo postado em 20/05/2022

Olá, sapientes!

 

A Diplomacia do Patacão é como os historiadores chamam o período em que o Império brasileiro usou empréstimos como instrumento de sua política internacional. Você sabia disso?

 

Essa política foi organizada pelo então Ministro da pasta das relações exteriores, Paulino José Soares de Sousa, que posteriormente se tornaria o Visconde do Uruguai. Ela contou também com a organização bancária de Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá e foi a diplomacia dos Patacões que inaugurou uma fase mais intervencionista da diplomacia brasileira, após anos de imobilismo e neutralidade na região da bacia do Prata. 

 

A princípio, o Imperador Pedro II considerou essa manobra perigosa, e não aceitou conceder empréstimos formais, dos cofres brasileiros, para a empreitada. Mauá surgiu como a solução para que essa estratégia inovadora para a política exterior do país fosse implementada e garantisse a hegemonia do império na região.

 

De onde era o capital utilizado nessa diplomacia?

 

Vale notar que, de qualquer modo, grande parte do capital que Mauá empregou executando a diplomacia dos patacões nos financiamentos políticos, tais como subsídios a Montevidéu durante o cerco de Oribe, provinha de fundos públicos, vendidos pelo governo imperial a juros de 6%.

 

A maior parte desses empréstimos foi direcionada à República do Uruguai e às províncias argentinas de Corrientes e Entre-Ríos no intuito de fortalecer os opositores de Rosas, o general e presidente da Confederação Argentina que tinha planos de retomar as dimensões do antigo vice reino do Prata, o que colocava em risco a independência do Uruguai e Paraguai, além de deixar a região do Rio Grande do Sul mais vulnerável à intervenção do nosso vizinho platino. 

 

Entre 1950 e 1958, o Brasil concedeu empréstimos com o objetivo específico de neutralizar Rosas de forma indireta, definindo uma organização platina mais favorável aos interesses do Império brasileiro. Depois da guerra contra Rosas chegar ao fim, os empréstimos continuaram ocorrendo, mas agora para garantir a aliança contra um novo inimigo: o Paraguai.

 

Resultados da diplomacia dos patacões

 

O resultado foi bastante positivo para o Brasil. Com a diplomacia dos patacões, o Império conseguiu garantir a segurança das fronteiras do sul; afastar as oligarquias sulistas das questões políticas dos países vizinhos; obter a livre navegação da bacia do Prata para escoar produtos e facilitar o acesso ao interior do Mato Grosso. Além disso, outros resultados foram a manutenção do armistício com a Argentina, imposto pela Convenção de 1828 e evitar a “reformulação” do Vice-Reino do Rio da Prata. 

 

Uma outra consequência interessante foi o fato de que, após os aportes financeiros, o patacão se tornou uma das moedas correntes em todos os países da Bacia do Prata, um sinal da hegemonia também econômica do Brasil naquele período. A própria sede do Banco Mauá em Montevidéu chegou a emitir moedas para o Uruguai, gerando dependência econômica em relação ao Brasil.

 

Não dá para negar que a Diplomacia dos Patacões foi fundamental para a aliança de forças contra o governador de Buenos Aires, Juan Manuel Rosas. Foi assim que Paulino conseguiu o apoio de Urquiza, governante de Entre Ríos e o consequente apoio da província de Corrientes no conflito contra Rosas.

 

O sucesso dessa política acabou rendendo para Paulino o título de Visconde do Uruguai. A Diplomacia do Patacão se estendeu até 1868, durando praticamente duas décadas, e ainda ressurgiu em alguns outros momentos, como forma do Brasil solucionar problemas na região do Prata até o final do período imperial.

 

Mas a diplomacia do patacão trouxe mais retornos políticos que financeiros. Os empréstimos concedidos ao Uruguai em 1851 e em 1854, que serviram também para pagar os custos da expedição militar brasileira em apoio aos colorados, só seriam renegociados e pagos no século XX, em 1918.

 

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Bons estudos!

 

 

 

 

 

 

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