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Formação das Repúblicas Balcânicas

Formação das Repúblicas Balcânicas

Conteúdo postado em 23/03/2022

Olá, sapientes!

 

A região peninsular, marcada por uma cordilheira conhecida como Balcãs, é historicamente o palco de uma série de conflitos étnicos e políticos, sem falar que é o epicentro da Primeira Guerra Mundial. Conhecer os Balcãs é essencial para entender diversos eventos históricos, assim como conflitos, alianças e rivalidades que continuam bastante presentes na atualidade. Por isso, uma explicação sobre essa região não poderia faltar no nosso Blog, não é mesmo? 

 

Os Balcãs ficam localizados no sudeste da Europa e são formados por muito países, entre eles Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Kosovo, Montenegro, Macedônia do Norte, Moldávia, Romênia, Bulgária, Albânia, Grécia e a parte europeia da Turquia.

 

O primeiro ponto que precisamos entender é que os Balcãs sempre foram bastante cobiçados por sua posição estratégica entre a Europa e o Oriente Médio. O império russo tentou conseguir o tão desejado porto de águas quentes, a França tinha interesse em construir uma rota segura para o Oriente Médio e o Reino Unido queria evitar que a Rússia se tornasse uma potência marítima com o tal acesso às águas quentes. E não é para menos, já que ele serve de acesso aos estreitos turcos de Bósforo e Dardanelos, aos estreitos do Oriente Médio e ao Leste Europeu. 

 

E é também por conta dessa posição mediana e de passagem que a região balcânica fervilha com diversidade cultural, religiosa e étnica. Eslavos, búlgaros, sérvios… Povos diversos e com identidades únicas começaram a se formar por lá, com Rússia, Hungria, Império Otomano e  Iugoslávia sendo responsáveis por tentativas desastrosas de unificar esses grupos locais.

 

Independência contra o domínio turco

 

Já no final do século XIX, com a decadência do Império Otomano e o crescente nacionalismo em toda a Europa, diversos povos balcânicos começaram a lutar pela independência contra o domínio turco. Nesse processo de formação de novos Estados, o ano de 1912 foi marcado pela união entre Sérvia, Bulgária, Grécia e Montenegro com a finalidade de se separarem do Império Otomano. No entanto, esses mesmos povos logo entraram em um conflito interno pela liderança das terras recém-independentes. E como se já não tivesse havido tanto conflito em um intervalo tão curto, nos anos da Primeira Guerra Mundial, os países balcânicos se dividiram novamente, apoiando lados opostos no conflito.

 

Ainda assim, terminada a Primeira Guerra Mundial, esses novos Estados tentaram se unir novamente, criando um novo país balcânico. O intuito era formar uma país mais forte, então, em 1929, as terras eslavas da Sérvia, Montenegro, Croácia, Eslovênia, Bósnia, Herzegovina e Macedônia (hoje, Macedônia “do Norte”, para evitar problemas com os gregos…) passaram a ser, cada uma, uma república da nova nação, agora chamada de Iugoslávia.

 

Outro marco interessante para a história dos Balcãs é o contexto no pós-Segunda Guerra Mundial. Naquele momento, grande parte dos países balcânicos foi dominada por governos comunistas autoritários, colocados no poder pelos soviéticos. Não dá para negar que a região acabou se tornando uma grande zona de influência da União Soviética.

 

Esse contexto começou a ser revertido no final dos anos 1980, com o enfraquecimento do bloco soviético. E mesmo com a renovação democrática, essas repúblicas saíram dessa década com graves problemas econômicos.

 

A Iugoslávia também não suportou a debilitação daqueles anos e logo começou o seu processo de fragmentação, que não foi nada pacífico. Em 1980, Josip Broz Tito, líder que garantia a estabilidade política no país, faleceu, abrindo espaço para crescentes rivalidades e nacionalismos. Entre 1991 e 1992, Croácia, Eslovênia, Macedônia e Bósnia e Herzegovina se separaram da Iugoslávia para formar países independentes. No final do conflito, apenas Sérvia e Montenegro, que eram as nações que dominavam a política iugoslava, permaneceram na antiga união. 

 

Em 2003, as duas últimas repúblicas iugoslavas abandonaram a união e, em 2006, dividiram-se em países distintos. Em 2008, a província de Kosovo, que já tinha tido certa autonomia política, declarou-se independente da Sérvia, que, no entanto, ainda não reconhece o Kosovo como Estado independente.

 

Para terminar, que tal um pouco de atualidade sobre as repúblicas balcânicas? 

 

Desde o fim da União Soviética, a União Europeia passou a promover uma política de apoio à integração dos países dos Balcãs no Bloco Europeu. A Croácia foi o primeiro país da região a fazer parte da integração, em 2013. Atualmente, Montenegro, Sérvia, Macedónia do Norte e Albânia são oficialmente países candidatos e a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo são candidatos potenciais à adesão.

 

Se quiser saber um pouco mais sobre a relação entre os Balcãs e a UE, é só clicar aqui!

 

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