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Nomes de destaque da diplomacia brasileira

Nomes de destaque da diplomacia brasileira: Juracy Magalhães

Nomes de destaque da diplomacia brasileira: Juracy Magalhães

Conteúdo postado em 16/12/2021

Olá, sapientes!

 

Juracy Magalhães começou a despontar como um nome de destaque da diplomacia brasileira quando foi nomeado chefe da missão em Washington, logo no início do governo de Castelo Branco. Nesse cargo, pronunciou a famosa frase que resumiu a tônica de alinhamento automático que seria revelada durante a administração de Dutra: “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”.

 

Naquele contexto, o governo militar havia desmantelado a Política Externa Independente (PEI) e iniciava uma nova Política Externa Brasileira (PEB) com Vasco Leitão da Cunha à frente do Itamaraty. Em conjunto, Cunha e Magalhães, seu sucessor, formularam uma PEB focada nas questões da realidade bipolar, da qual o rompimento de relações diplomáticas com Cuba, ainda em 1964, é um símbolo. 

 

Como embaixador em Washington, Magalhães organizou a participação do Brasil, em 1965, na intervenção da OEA na República Dominicana. Essa missão da OEA em apoio à operação "Powerpack" dos EUA foi uma intervenção típica de Guerra Fria para impedir a volta ao poder do líder da esquerda que ameaçava formar mais uma “nova Cuba” na região. Juntamente com as tropas estadunidenses, as forças da OEA, que tiveram a participação não só do Brasil como também Honduras, Paraguai, Nicarágua, Costa Rica e El Salvador, formaram a Força Interamericana de Paz (IAPF, na sigla em inglês). O Brasil acabou enviando o maior contingente de soldados pela OEA, mais de mil homens. 

 

É interessante notar que alguns historiadores consideram essa intervenção na República Dominicana uma demonstração de alinhamento do governo de Castello Branco com os EUA, enquanto outros definem como uma busca do Brasil de conseguir prestígio e mais autonomia em relação à potência americana, já que afastava um pouco a centralidade dos EUA em uma questão relativa aos países latino-americanos.

 

Em agosto de 1965, Juracy Magalhães voltou ao Brasil e assumiu a pasta da Justiça, deixando esse cargo no ano seguinte para se tornar ministro das Relações Exteriores. Já empossado como chanceler, encontrou-se com o ministro das Relações Estrangeiras paraguaio Sapena Pastor, em 22 de junho de 1966, quando assinaram a “Ata do Iguaçu”. Esse instrumento, também conhecido como “Ata das Cataratas”, foi o primeiro documento bilateral manifestando a intenção de aproveitar os recursos hidráulicos do Rio Paraná, além de ter definido com o Paraguai as questões fronteiriças da região de Sete Quedas. 

 

Foi com esse documento que se iniciaram as pesquisas e preparações para a formulação do projeto para o aproveitamento energético das águas compartilhadas pelos dois países, que possibilitaria a assinatura do Tratado de Itaipu, de 1973, e posterior construção da usina de Itaipu binacional, inaugurada em 1984. Sendo assim, a atuação do chanceler Magalhães gerou consequências positivas que impactam a matriz energética do país mesmo na atualidade, mas também foi essa decisão de cooperar com o Paraguai que gerou diversos entraves com o governo argentino na década de 1960 e 1970.

 

Eventos importantes durante a gestão de Magalhães

 

É importante a gente lembrar também de alguns eventos importantes que ocorreram durante a gestão de Magalhães. Dentre eles, podemos citar a III Conferência interamericana de chanceleres, em Buenos Aires, a Reunião da Associação Latino Americana de Livre Comércio (ALALC), na qual foi criado o Conselho de Ministros de Relações Exteriores da Associação.

 

Em sua gestão, Juracy Magalhães manteve em mente os objetivos do governo Castelo Branco, continuando o aprofundamento das relações com os Estados Unidos, assim como havia feito seu antecessor, Vasco Leitão da Cunha. Em março de 1967, Magalhães deixou o Itamaraty e, com o fim do governo Castelo Branco, abandonou também a vida política e as atividades no setor público e passou a dedicar-se exclusivamente a atividades no setor privado.

 

 

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