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Demografia importa para o Concurso da Diplomacia!

Demografia importa para o Concurso da Diplomacia!

Conteúdo postado em 22/04/2020

Olá, sapientes!

 

Vocês sabiam que a demografia é uma área que estuda a dinâmica populacional humana? Este é um assunto de grande importância para o Concurso do Itamaraty. Para saber mais sobre ele e alguns dos tópicos que ele aborda, é só continuar lendo! 

 

Muitos são os fatores que têm relação com a demografia de determinado país: epidemias, guerras, instabilidade política e hábitos culturais. Nesse sentido, pensar os indicadores demográficos de uma “população mundial” não pode ignorar as dinâmicas próprias de cada sociedade.

 

Pode-se afirmar que a demografia é importante por diversos motivos, entre eles, porque é, muitas vezes, utilizada para explorar medos e criar narrativas convenientes para determinados projetos de poder.

 

As mudanças demográficas são, frequentemente, um processo lento. Embora haja exceções notáveis, como expressivos fluxos de migrantes, fome, guerras, os efeitos mais previsíveis de menor fertilidade e melhor mortalidade no envelhecimento da população, por exemplo, podem levar muitas décadas para atingir seu pleno impacto.

 

Aumento Populacional x Gerontocrescimento

 

O século XX foi marcado pelo aumento expressivo do povoamento da Terra, que quadruplicou de 1,6 bilhão, em 1900, para 6,1 bilhões de pessoas em 2000. Esse fenômeno pode ser explicado pela queda da taxa de mortalidade em certos países do Hemisfério Norte, desde o século XVIII, que, no século XIX e, posteriormente, no século XX, espalhou-se aos países do Sul, como na Índia, por exemplo, a partir dos anos 1920. 

 

Além disso, em decorrência dos avanços da medicina e da infraestrutura sanitária, houve uma melhoria expressiva na expectativa de vida da população, fazendo com que pessoas idosas pudessem viver por mais tempo. Verifica-se, ainda, uma baixa histórica da fecundidade, que levou a uma desaceleração demográfica – a taxa anual média de crescimento passou de uma máxima de mais de 2% no final dos anos 1960 para 1,2% em 2010. Somado a isso, o aumento da expectativa de vida ampliou o número de pessoas da terceira idade, ao passo que a redução da taxa de fecundidade reduziu o efetivo de jovens. A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou uma projeção, segundo a qual a população a nível mundial deverá se elevar a 9,1 bilhões em 2050.

 

Assim, o maior fenômeno do século XXI não será o aumento desenfreado da população mundial, mas o seu envelhecimento, medido tanto pela parte crescente das pessoas idosas em relação à população total, como pelo aumento do número absoluto de pessoas idosas de mais de 65 anos – denominado “gerontocrescimento”. É importante destacar que nem sempre ambos os fenômenos evoluem de maneira idêntica, visto que podem sofrer influência, entre outros fatores, por um sistema migratório com características específicas.

 

Nesse contexto, a urbanização aparece como outro fator relevante. Segundo dados divulgados pela ONU, os habitantes das cidades ultrapassaram em número a população rural pela primeira vez em 2008. Houve, assim, não apenas um aumento da população mundial, como uma maior concentração de pessoas em espaços mais reduzidos. 

 

Crescimento da população de migrantes

 

Estamos, portanto, diante de uma paisagem demográfica inédita: transições em curso, “inverno demográfico” em alguns países do Norte, envelhecimento da população e urbanização sem precedentes. Há que se considerar, ainda, a influência das circulações migratórias: 214 milhões de pessoas residem de modo permanente em um país diferente daquele em que nasceram – um número que não inclui nem refugiados nem deslocados.

 

As migrações são regulares, permanentes e majoritariamente legais. Ainda que fatores políticos, como guerras e conflitos civis sejam motivadores de fluxos migratórios, são os fatores econômicos que continuam sendo o motor principal para o deslocamento das pessoas de seu território para outro.

 

Por outro lado, a demografia é, também, objeto de discussão quando o assunto é migração: a diminuição da população ativa no século XXI em diferentes países desenvolvidos atrai imigrantes, sobretudo para cobrir um déficit de mão de obra em determinados setores profissionais. 

 

Segundo informações da ONU, os Estados Unidos contam com o maior número de imigrantes em seu país: 48 milhões de pessoas em 2015. O número é quase cinco vezes superior ao número de imigrantes na Arábia Saudita (11 milhões) e seis vezes maior que o do Canadá (7,6 milhões de imigrantes). No entanto, proporcionalmente à população, esses dois últimos apresentam maior número de imigrantes em seus territórios. 

 

Contudo, evidencia-se hoje que a maior parte dos países assume os três papéis: o Marrocos é um país de emigração para a Europa e para a América do Norte; um país de trânsito para os migrantes da África subsaariana cujo destino final é a Europa; e um país de imigração para os migrantes da África subsaariana que acabaram finalizando seu percurso migratório. Igualmente, a Espanha é um país de emigração, sobretudo para as migrações empresariais para países do Norte ou da América Latina; um país de trânsito para os africanos cujo destino é a França; e um país de imigração do Marrocos, da Romênia ou da América andina.  Ademais, todo imigrante é, também, um emigrante para o país em que ele nasceu. O número de emigrantes varia muito de um país a outro. A Índia, por exemplo, tinha aproximadamente 16 milhões de nacionais vivendo no exterior em 2015. O México ocupa o segundo lugar, com mais de 12 milhões de emigrantes vivendo, principalmente, nos Estados Unidos. Proporcionalmente, no entanto, a Bósnia ocupa o primeiro lugar: um terço da população nascida no território vive no exterior. A Albânia e Cabo Verde apresentam situações similares.

 

Enfim, em tempos de globalização e dos efeitos universais que ela cria, definitivamente precisamos aprender a falar sobre demografia. 

 

Para saber mais, consulte as fontes de referência para esse artigo: 

PISON, G. Le nombre et la part des immigre?s dans la population: comparaisons internationales, 2019;

DORLING, D. Why democracy matters, 2017;

DUMONT, G. Mitos da população mundial, 2011.

 

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Bons estudos!

 

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