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Olá, sapientes!
Quem já está na preparação para o CACD há algum tempo já deve ter ouvido falar no nome do general Charles de Gaulle. Pois bem, dessa vez, o verbete do nosso dicionário de sociologia vai ser a política inspirada nas decisões desse grande político e militar francês.
O Gaullismo já foi tão usado ao longo das décadas para embasar os discursos de políticos franceses que parece ter perdido um pouco suas características essenciais. Algumas vezes, é caracterizado como uma forma de populismo, já que de Gaulle foi uma figura bastante carismática. Outras vezes, é utilizado como uma forma de conservadorismo, mas, aqui, a gente vai focar em entender o que é a política externa gaullista, ok?
Política Externa Gaullista
Essa política estrangeira da França, também conhecida como “La Grandeur”, foi definida no período em que de Gaulle esteve à frente da presidência francesa (1958-1969), mas continuou marcando presença e gerando consequências para o continente europeu mesmo após a morte do general em 1970.
A estruturação dessa política foi uma consequência da reestruturação européia dos anos 1950 e 1960. Naquele momento, o orgulho ferido ao final da Segunda Guerra Mundial, não só da França como também de diversas outras nações europeias que saíram da guerra arrasadas, endividadas e sem condições de evitar a libertação de suas possessões coloniais, levou ao ressurgimento de movimentos e expressões nacionalistas em todo o continente recém-reconstruído. Na França, o movimento nacionalista foi exatamente a Grandeur de De Gaulle, que aproveitou a reestruturação da França para lançar um projeto de recuperação do título perdido de potência mundial.
Busca por autonomia
A principal característica da política gaullista é, assim como na PEI brasileira, a busca por autonomia. E isso reflete em ambiguidades em relação ao âmbito multilateral. De um lado, o Gaullismo influenciou uma redução na cooperação com a OTAN, a ONU e a Comunidade Econômica Europeia, já que acreditava que, ao intensificar as relações com essas instituições, a França sofreria com a dependência de fatores estrangeiros. Por outro lado, De Gaulle é considerado uma das lideranças que ajudou a construir a União Europeia como conhecemos hoje. Ainda assim, é interessante notar que a política da “Grandeur” somente era a favor da integração europeia por acreditar que seria uma ferramenta para consolidar o país como liderança regional, a partir da reconciliação franco-alemã, iniciada sob a IV República.
Postura em relação à disputa das superpotências na Guerra Fria
Outro ponto central dessa política é a postura dela em relação à disputa das superpotências na Guerra Fria. A França Gaullista questiona o status quo da bipolaridade, é avessa à ingerência das superpotências nos conflitos regionais e aproveita a détente dos anos 1960 e 1970 para reconhecer a China comunista e estabelecer relações normais com os países do Leste Europeu, com os quais firma a tese da solidariedade europeia "do Atlântico aos Urais". Além disso, com essa postura autonomista, procura aproximar o país das novas repúblicas recém-independentes, principalmente as africanas.
Já deu para perceber o porquê da política gaullista ser tão importante e continuar marcando presença na França mesmo na atualidade, não é mesmo?
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Até a próxima sugestão de leitura!
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