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Sugestão de leitura para o CACD: Graça Aranha

Sugestão de leitura para o CACD: Graça Aranha

Conteúdo postado em 23/10/2020

Olá, sapientes!

 

Diplomata, escritor e um dos padrinhos da Semana de Arte Moderna, Graça Aranha (1868-1931) é um daqueles nomes célebres da literatura brasileira que merecem estar na nossa lista de sugestão de leituras para o CACD. Sabe por quê? Por conta de um dos temas que mais apareceram na prova discursiva de português: identidade brasileira. Sendo assim, o livro “Canaã”, de Graça Aranha, é leitura obrigatória para quem não sabe falar muito sobre identidade nacional para além de samba, carnaval e feijoada...

 

A formação da identidade brasileira

 

A obra “Canaã”, lançada no mesmo ano de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha (1902), fala sobre a formação da identidade brasileira em uma alegoria que compara a estruturação do Brasil com a busca esperançosa pela “terra prometida”, onde o amor e a paz são a norma e todos podem realizar seus sonhos. O livro pode, dessa forma, ser considerado o primeiro romance ideológico brasileiro focado na ideia de que o Brasil está destinado a se desenvolver e se tornar o paraíso dos sonhos dos migrantes que aqui chegaram.

 

Debates que o livro aborda

 

O enredo de “Canaã” apresenta dois colonos alemães estabelecidos no Espírito Santo: Milkau e Lentz. Milkau é um humanista que acredita no potencial do Brasil e de seu povo, defendendo a integração harmônica entre as diversas etnias e a miscigenação. Lentz, por outro lado, defende a superioridade do povo ariano e considera que a única solução para o desenvolvimento do país seja pela colonização por “raças superiores”. Os embates entre Milkau e Lentz revelam os choques entre o nacionalismo nascente no Brasil do início do século XX e a filosofia do Darwinismo social, ainda muito defendida naquele contexto.

 

A importância de “Canaã” para a literatura brasileira está também no ineditismo da confrontação das ideias vigentes, antecipando as discussões que seriam propostas pelo modernismo. Assim, “Canaã” é vista como uma obra de transição entre os movimentos literários do final do século XIX (simbolismo, realismo e naturalismo) e o modernismo, já que integra características de todos essas correntes literárias. Em relação aos moldes do realismo, o livro é quase documental quando retrata a vida dos imigrantes e faz críticas à burocracia judiciária. Em relação ao Simbolismo, há uma grande preocupação em evidenciar as sensações dos personagens a partir de alegorias retóricas e racionalizações metafísicas. O naturalismo está presente na análise do comportamento das personagens e na descrição da paisagem.

 

Além disso, o livro incorpora mitos e crenças tanto da cultura indígena quanto da cultura europeia, compondo uma certa miscigenação representativa da própria identidade brasileira, que será tão valorizada no modernismo alguns anos após a publicação de “Canaã”. 

 

Entendeu o motivo do Blog Sapi ter escolhido o romance “Canaã”? Então, bora ler!

 

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Bons estudos!

 

 

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